Segundo museu mais visitado de Paris, logo após o Louvre, o Musée d’Orsay é também um dos mais visitados do mundo. Possui o maior e mais importante acervo impressionista e pós-impressionista, com obras-primas de Édouard Manet, Degas, Monet, Renoir, Van Gogh, Gauguin, Cézanne, Rodin, entre centenas de outros relevantes pintores e escultores europeus.

Num arco temporal que segue de 1848 a 1914, seu foco é a arte que se desenvolveu entre a Segunda República Francesa e a Primeira Guerra Mundial, englobando o Academicismo ainda reinante nos tempos de Napoleão III e uma plêiade de movimentos que o sucederam. Suas ricas coleções destacam a ruptura moderna, iniciada com o Realismo, seguida pelo Impressionismo e consolidada pelo Pós-Impressionismo, Simbolismo e Art Nouveau. A história do museu também é fascinante: de elegante estação ferroviária fin de siècle a museu de arte na década de 1980, o d’Orsay é um verdadeiro templo da Belle Époque (1871-1914), um dos períodos mais ricos e encantadores da História da Arte Ocidental, fundamental à compreensão da arte moderna do século 20.

As obras selecionadas do acervo − desde as mais célebres até algumas pouco conhecidas − serão analisadas neste curso de forma crítica e multidisciplinar (utilizando elementos da Literatura, Sociologia, Filosofia, etc), mas sobretudo em paralelo ao desenvolvimento histórico da arte (inclusive, em comparação com obras de outros museus). Pretende-se assim, nesse entrelaçamento com a História da Arte, uma compreensão mais abrangente e profunda do conjunto selecionado e de seus significados. E, ao mesmo tempo, abordar o Musée d’Orsay como a melhor coleção para se compreender o surgimento da Arte Moderna e de parte significativa da produção artística da Belle Époque.