Uma análise panorâmica da Arte Contemporânea, desde o seu surgimento em meados dos anos 1950 à atualidade − período em  que ela se configurou como um regime de produção complexo que não dispõe de um tempo de constituição ou de uma  formulação estabilizada, sendo portanto, de difícil conceituação. No sentido estrito, o termo “arte contemporânea” abrangeria apenas o “agora”, a arte produzida no nosso tempo; no entanto, como dizia Hegel, “o agora já deixou de sê-lo quando é nomeado, já sendo passado”. Para além da noção temporal, as produções que constituem a “Arte Contemporânea” formam um sistema muitas vezes somente justificável por elementos situados à margem da esfera artística, diferentemente do que ocorre na maior parte da Arte Moderna.

Numa abordagem concisa − porém abrangente e fartamente ilustrada − a história dos movimentos, obras, artistas e fatos do período será analisada de forma abrangente e crítica, sendo problematizada e atravessada por discussões advindas de outros campos do conhecimento (como Filosofia, Linguística, Semiótica, Psicanálise e Sociologia). Objetiva-se, assim, a uma visão atualizada, multidisciplinar e reflexiva, que abrirá os inimagináveis horizontes da inteligência visual, ferramenta privilegiada na interpretação da complexa realidade atual.